quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os 10 Mandamentos de Maquiavel aos políticos:



1 - Zele por seus interesses;

2 - Não honre a ninguém além de você mesmo;

3 - Faça mal, mas finja fazer o bem;

4 - Cobice e procure obter tudo o que puder;

5 - Seja miserável;

6 - Seja brutal;

7 - Engane o próximo toda vez que puder;

8 - Mate os inimigos, se for necessário aos amigos;

9 - Use a força ao invés da bondade ao tratar com o próximo;

10 - Faça o mal de uma só vez e o bem, aos pouquinhos. 


"Agora eu entendo muita coisa!"

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Marcha das Vadias, Xuxa, Feminismo, Rótulos a combinar...



Marcha das Vadias surgiu como um movimento em protesto ao discurso de um policial, que sugeriu as alunas de um colégio no Canadá a andarem com roupas mais “comportadas” para que estas não corressem o risco de serem estrupadas, isso após uma aluna ter sofrido violência sexual.

Com essas palavras o policial sugeria que a culpa da violência sofrida pela aluna era dela e não do estrupador? Como eu vi em um dos belos cartazes exibidos pela Marcha das Vadias aqui no Brasil, se um homem anda sem camisa ele também quer ser estrupado?

Esse dias a apresentadora Xuxa revelou em uma entrevista ao fantástico que sofreu abuso sexual na infância, logo as redes sociais se encheram de postagens a taxando de oportunista, amoral, entre tantos outras intitulações, enfim, a Xuxa virou a Vadia da vez.  Bom, eu não vi a entrevista porque não sou muito fã de TV, ainda mais quando se trata da tal emissora, e tão pouco fã da Xuxa, no entanto, sou defensora da mulher que sofreu abuso sexual quando criança e que não teve culpa disso, mesmo assim a sociedade parece acusá-la pelo abuso sofrido sem dó nem piedade, como fez o policial com a estudante dos EUA. Imagens usadas da apresentadora usando roupa curta, que circulam pelas redes sociais parecem à apontar como a instigadora da violência. E isso não é aceitável em nenhuma cultura, incriminar à vítima ao criminoso.  

Bom, além da discussão da violência sofrida pela mulher, em um mundo patriarcal e machista, o caso da estudante e a Ódisseia feita pela mídia do caso Xuxa, abriu outra discussão que é inerente ao movimento feminista: O da liberdade, e entenda-se liberdade em todos os seus sentidos.

O grito de liberdade para as mulheres teve inicio no Canadá (após o caso da estudante) e chegou até o Brasil no último domingo, 27. A Marcha das Vadias como foi intitulada ocorreu em praticamente todas as capitais do Brasil. Acompanhei  o dia inteiro pelas redes sociais (já que não moro em capital e na do meu estado ainda não teve) e o que posso dizer é que me senti muito orgulhosa de ser mulher, de me ver mulher, daquelas mulheres que se fizeram presentes na marcha.

Isto tudo escrito até aqui, na verdade era só pra dar os parabéns a todas as mulheres que participaram dessa marcha, que gritaram que eram donas do seu próprio corpo e deles faziam o que bem entendessem, que lutam por um mundo mais igualitário, que pedem a queda dessa sociedade patriarcal . Parabéns mulheres, porque lugar de mulher não é na cozinha, lugar de mulher é na rua, lutando!
"Porque se ser livre é ser vadia, somos todas Vadias"

...E dia 17 de Junho é a vez das alagoanas e alagoanos darem seu grito de liberdade

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O discurso da...

Inclusão?

Vivemos num mundo onde o discurso da inclusão é enunciado a todo o tempo, seja pelos meios de comunicação de massa (TV, rádio, internet) ou pelos aparelhos ideológicos do Estado, incluindo entre eles a escola. Esses discursos, por vezes, tentam nos convencer de que estamos dando largos passos em direção a tão sonhada inclusão das pessoas estigmatizadas pela sociedade: pessoas com necessidades especiais, negros, sujeitos que vivem em condições precárias no que se refere a suas necessidades básicas, e tantos outras que são oprimidas pelo sistema.
È comum entre muitos que nos últimos anos tem havido uma melhoria na inclusão, de modo geral, e em especial para pessoas com necessidades especiais, porém, inclusão não é somente construir rampas e classes especiais para esse público, é lógico que isto também é de extrema importância, entretanto, se o Estado não dá às condições necessárias para que estas permaneçam na escola e sejam aceitas nos mais diferentes ambientes sociais isto acaba acarretando num processo de inclusão excludente(fato este que é corriqueiro no Brasil, não só no ensino especial como também em todo ensino regular) o que a meu ver de fato não incluiu. Aliás, o discurso da inclusão/excludente (incluir para depois excluir) é divulgado a todo o tempo por um aparelho ideológico do Estado e, atualmente do sistema capitalista neoliberal, chamado escola, uma vez que esta propaga a ideia de que com uma boa formação você poderá adentrar no mercado de trabalho a hora que bem entender, fato este que não é verdade, pois vivemos num sistema que precisa manter a sua relação de opressores e oprimidos para poder continuar se alimentando. Portanto, o discurso que é transmitido na escola, de que com uma boa formação, independente de que raça, credo, ou religião pertençamos conseguiremos um bom trabalho num estalar de dedos, e de que deste modo estaríamos incluídos no mercado de trabalho não faz nenhum sentido, visto que de 100% que sai formado de uma universidade apenas 10% conseguem trabalho na área em que se formou, além disso, segundo Jurjo (2003) em uma mesma sociedade, os diplomas obtidos por uma pessoa no sistema educacional valem na medida em que não haja muitas outras com um nível semelhante, pois senão essa variável deixa de ser operativa, prevalecendo então outras variáveis, como a família de origem, a religião, a ideologia política, o gênero, a etnia, a idade, a saúde ou nacionalidade.
Entre esses tantos eventos que dão espaço para exclusão no Brasil ainda há a falta de participação dos “cidadãos” nas decisões do Estado no que se referem as suas políticas públicas e, consequentimente na ausência de serviços de qualidade como: educação, saúde, saneamento etc. esta falta de participação e, portanto, de inclusão do sujeito nas decisões do que lhe é de interesse, muitas vezes é ocasionada pela alienação que os próprios poderes dominantes sentem a necessidade de afirmar, continuando assim numa sociedade em que a falácia da inclusão é divulgada o tempo todo (principalmente nos últimos anos), mas que ainda precisa de grandes avanços e conscientização para que possamos chegar a sua essência.

"Só sabendo como estamos é que podemos determinar o que faremos."

Por: Wanubya Menezes